terça-feira, dezembro 26, 2006
domingo, dezembro 24, 2006
Mais do mesmo.
Pronto, cá está, o resumo de A Conspiração o segundo livro de Dan Brown, mas o terceiro a sair em Portugal. É a mesma trama dos outros, é o mesmo esquema narrativo dos outros e…funciona como os outros, existe suspense até ao fim, apesar de sabermos o que vai acontecer. É um Dan Brown.
Memórias de uma seca...
Memórias de uma Geisha é demasiado longo e demasiado secante. Confesso que não fui muito à bola com o filme. Quase três horas de inglês mal falado e de uma história semelhante a uma qualquer novela traduzida para brasileiro estragam a paisagem deslumbrante. Ganhou 4 Óscares (um, de certeza, foi de guarda-roupa) mas não é mesmo anda de especial. O ano passado foi, realmente, um ano muito estranho para as bandas dos senhores que entregam as estatuetas (Cold Mountain e Munique ficaram aquém do que mereciam e King Kong também levou 4 para casa). Estranho, muito estranho… Concluindo: por algum motivo o filme, no cinema, estava encalhado
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Música boa (WRM, Kick).
White Rose Movement, Kick, Alsatian
White Rose Movement, Kick, Girls in the Back
3 coisas....
2 – Está frio. Ainda bem, no Natal é suposto estar frio.
3 – Já ouvi uma música do novo álbum dos Arcade Fire, que vai sair em 2007. Intervention de seu nome. É uma senhora música. É espectacular. Realmente espectacular. Se o álbum for todo assim vai bater o Funeral e, tal feito, é bem difícil de alcançar. É fazer o download aqui e ouvir, ouvir, ouvir…
terça-feira, dezembro 19, 2006
Acabou!!!
E não vai haver segunda série. É pena. Eu gostei. Não percebo como se faz inúmeras temporadas de séries semelhantes ao CSI e ao Sem Rasto (Numb3rs, por exemplo) e não há dinheiro para fazer uma segunda temporada desta série que é original (não me lembro de haver uma série com híbridos). Eu gostei da série. E está aqui a minha singela homenagem…
The Doors, L.A. Woman, Riders on the Storm
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Perfume...
domingo, dezembro 17, 2006
Ai o brasileiro
Valsa Negra é muito giro. Giro é palavra exacta. O livro não é espectacular, não é brilhante, mas é engraçado (com momentos hilariantes) e muito giro. É sobre um maestro com POC e delírio de ciúme e perseguição. A juntar a isto há o factor Brasil. Como boa brasileira Patrícia Melo escreve de forma indolente, leve e muito divertida (mas já tinha dito isto, não é?). O livro está cheio de expressões, puramente, brasileiras e isto, adicionado, ao português-brasileiro, complica um bocado a entrada no ritmo de leitura, mas quando se encontra…não se consegue parar. Foi uma bela surpresa, que recomendo vivamente. Muito, mas mesmo, muito giro.
Diferentes estilos musicais….
Tindersticks, Working For The Man: Best Of, Can We Start Again
sábado, dezembro 16, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Cat Power
Cat Power, The Greatest, The Greatest
quinta-feira, dezembro 14, 2006
É pá...fdx.
Ps - Não tem nada a ver com o post, eu sei, mas amanhã, no sorteio da taça uefa, ao Benfica...podia não calhar o Sevilha, por favor?!
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Bones (episódio #1)
terça-feira, dezembro 12, 2006
Há uns tempos era Albrecht Altdorfer
O quadro é a batalha de Alexandre contra Dário. É o ocidente, Grécia, a lutar e vencer o oriente, Turquia, na batalha que na altura foi vista como a batalha que mudou o rumo da história. Também foi visto como uma vitória do cristianismo (daí a lápide no céu a comunicar a derrota de Dário), em que se evita o armageddon, na imagem da noite, que parece pairar sobre o quadro, a ser substituída pelo sol (que surge à direita, com reflexo na água),
É um quadro em que heróis de carne e osso substituem santos (depois do Renascimento e de Lutero), em que aparecem mulheres no campo de batalha, em que a qualidade de pormenores é fabulosa (turcos de turbante e gregos de armadura) e em que se começa a tentar recriar uma realidade geográfica factual, apesar de ligeiramente desproporcionada. Assim: Chipre é, suposto ser, a grande ilha que se vê como pano de fundo; tenta-se recriar as oito nascentes do Nilo; …apenas a montanha não se encontra na realidade, na cidade de Tarsus, suposta cidade berço de S. Pedro (daí a igreja).
Depois veio a Barca dos Loucos e o Jardim das Delícias (Bosch, portanto…).
segunda-feira, dezembro 11, 2006
O exercício freudiano de Bond
Daniel Craig é um bom, e duro, Bond, mas, se por acaso a série de filmes levar um sentido diferente e for preciso mais emoção, duvido que tenha a habilidade, como actor, de mostrar uma expressão facial consentânea. Dizer que é o melhor Bond de sempre parece-me muito prematuro (não nos podemos esquecer de Connery). Acima de tudo é um filme que se vê sem bocejos, nem pensamentos de “isto não é possível, só mesmo o Bond”.
Em suma, agradou-me o facto de o "filme Bond" ter deixado de ser uma meia palhaçada, um sem número de gadjets engraçados e inúmeras proezas e perseguições impossíveis, e ter sido um filme de espiões, seco e duro…e bom. Venha o próximo.
YUPPI, YUPPI...estou tão contente
domingo, dezembro 10, 2006
Nada se passa...
Vergonha
Helen Mirren é muito boa.
A Rainha, de Stephen Frears, navega entre o documentário a Diana e óptimo filme. Filmado em estilo de série de BBC, este filme faz Helen Mirren brilhar altíssimo. De facto, quando não estão a aparecer imagens antigas daquela semana pós-acidente, aparece Mirren a deslumbrar. No início do filme não se consegue ver bem a rainha na representação, mas para o fim a metamorfose é perfeita e Mirren É a rainha. Ela é brilhante e o filme é bom.
Ps – O Tubarão, de Spielberg, é um filme magnífico. Trinta e um anos depois, ainda maravilha e assusta. Aquele monólogo delirante de Quint no barco é assombroso e hipnótico (já para não falar da cena, mítica, inicial da menina a nadar ao nascer do sol). Obra-prima.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
No reino da música….
as audições têm estado mais calmas. Mesmo assim, ouvi três álbuns novos. Finlay Quaye, que não gostei; The Automatic, rock fácil e ligeiro, com refrões(?!?) que ficam na cabeça, logo…bom; e Stuart A. Staples, a voz dos Tindersticks, com músicas muito similares à banda onde é vocalista, mas, mesmo assim, com um bom álbum, que se vai gostando mais à medida que as audições se vão repetindo. Era para por um teledisco dos Automatic, mas não encontrei das músicas que mais gostei, assim aqui fica That Leaving Feeling…
Stuart A. Staples, Leaving Songs, That Leaving Feeling
Policial, mas pouco
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Espécie de poesia
o sopro que dá a vida,
o sopro de muita idade,
o sopra das águas,
o sopro das sementes,
o sopro da fecundidade,
o sopro do poder,
o sopro da força,
o sopro de todas as espécies de sopro,
pedindo o seu sopro,
inspirando o seu sopro no calor do meu corpo,
incorporo o seu sopro
para que vivas sempre luminosamente.
Zunhis (América do Norte), Versão: Herberto Helder
Muito bom
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Pois…. é a Taça Uefa
Agora, é a Taça Uefa e a pergunta é: compro já bilhetes para a final, em Glasgow, ou compro mais tarde?
terça-feira, dezembro 05, 2006
ENORME guilty pleasure
Concluindo: valeu o dinheiro e é uma experiência. Venha de lá o Raw e a ECW…..
domingo, dezembro 03, 2006
Booker 2005
O Mar, de John Banville, venceu o Booker prize de 2005. É a história de Max, melhor são várias histórias de Max. É o passado, recente e longínquo, e o presente de alguém atormentado pela perda, pelo amor e pelo envelhecer. É um livro algo cagonito, com inúmeras momentos em que a sensações e vivências nos são dadas com equiparação a quadros (Bonnard, Gogh, M. Ângelo, etc…), mas em que o enredo se interliga de forma brilhante e crescente, terminando de forma magistral. É um óptimo livro, não é daqueles que marcam e que se fica esmagado, mas é muito, muito bom.
Josh Rouse (e outro)
Josh Rouse, Subtítulo, Quiet Town
sábado, dezembro 02, 2006
Rodrigo Leão
Concluíndo: foi o melhor concerto nos estúdios da Valentim de carvalho a que já assisti.
Ps - queria, muito, ter posto aqui a música Pasion, mas não há no youtube. Paciência.
Nimas
Se o cinema se mantiver sempre com o mesmo estilo, quer seja cinema independente (King), de bons filmes (Londres) ou cinema comercial, ganha um público que se habitua a lá ir e tem sempre receitas garantidas. Isto é, acho eu…claro!!. O que estraga esses cinemas são as constantes flutuações de estilos cinematográficos. Aconteceu com o Mundial, com variações brutais, aconteceu ao São Jorge, depois da pequena “revolução” a que foi sujeito, e está a acontecer com o Nimas.
Sempre me lembro de ver o Nimas com filmes selectos e de qualidade e sempre meio vazio, pois perdia audiência para o King (apesar de ambos serem Medeia), e quando parecia terem encontrado um buraco na programação de cinema na capital: os filmes antigos…que lhes enchiam as salas e lhes conferiam uma programação única, voltaram a fazer asneira e voltaram a meter filmes recentes e, quem sabe, a ter menos audiência. Filmes antigos e Nimas…era uma combinação perfeita. Espero, sinceramente, um regresso a esta escolha pois faz falta um cinema com essa programação.
Benfica
De Paulo Bento já se sabia que sabia ganhar, ontem viu-se que, também, sabe perder. Fez uma análise brilhante ao jogo e, realmente, está destinado a grandes voos.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Muita música ou...THE SUNSHINE UNDERGROUND
The Sunshine Underground, Raise The Alarm, Commercial Breakdown
Filmes
Eis uma bela surpresa. Estava à espera de um daqueles filmes que são feitos para uma actriz brilhar (estilo Nell) mas que não têm piada nenhuma. Mas não é o caso…apesar de também não ser nenhuma coisa maravilhosa. Theron brilha, mas McDormand (sempre brilhante), Harrelson (porque não aparece mais vezes?) e Sean Bean também o fazem. O filme é sobre uma comunidade mineira e sobre a luta das mulheres que trabalham na mina para eliminarem a perseguição sexual a que são sujeitas. É um filme engraçado que nos mantém atentos, mas que peca por ser longo. North Country é engraçado.
Ps – Também vi o Instinto Fatal II…e não há paciência. Diálogos deprimentes, banda sonora (ou música ambiente, não sei bem) péssima e alguns actores de segunda não ajudam. Para esquecer. Deviam ter ficado só pelo primeiro.
quarta-feira, novembro 29, 2006
Para todos os Hush Puppies deste mundo….
No Doubt, Don’t Speak
Inevitavelmente
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição.
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as palavras de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito alem do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever de falar
Mário Cesariny, You Are Welcome to Elsinore
terça-feira, novembro 28, 2006
(Também) Adoro isto
Drugstore & Thom Yorke, Kill The President
Entre Inimigos
segunda-feira, novembro 27, 2006
Um mestre...
domingo, novembro 26, 2006
Protesto / Lamento
Por diminuição do orçamento do Ministério da Cultura e consequente diminuição do orçamento do CCB a festa da música, como a conhecemos, acabou. Haverá uma coisa mais elitista de concertos de piano a que se chamará: dia da música. Sobre este assunto quero dizer o seguinte:
1 – Que o orçamento da cultura baixe para o dinheiro ser encaminhado para outros assuntos prementes ao país, não tenho nada contra. O que critico é que com o orçamento existente o ministério corte fundos ao CCB e continue a dar dinheiro para o “Museu Beraldo” (eliminando desta forma, por falta de dinheiro, toda e qualquer hipótese de Portugal fazer parte do circuito das exposições, realmente importantes [Frida, Rau, etc…] itinerantes) ou continue a fundear o museu do Côa (pois, pois…) e o CCB, que está sempre cheio e bate recordes de visitas às exposições todos os anos, perca dinheiro. Para mim, é uma vergonha
2 – Que Mega Ferreira tenha cortado, com o pouco dinheiro que tem, a Festa da música é uma decisão miserável. Que tal cortar na temporada lírica ou de música a preços impossíveis, aos quais só vão melómanos com dinheiro? Porquê cortar logo na única possibilidade que as pessoas comuns têm de assistir a música clássica a preços acessíveis?!? Para mim, é uma vergonha e este é o meu protesto.
3 – A festa da música acabou. Este é o meu lamento.
The Legends ou Interpol?
Interpol, Antics, Evil
É pá, já chega…
Mais uma coisinha sobre desporto: porquê que não há nenhuma televisão (Sporttv ou Eurosport) a dar o Mundial de vólei?!?
Porque o Bond quase morreu lá (O mundo não Chega)...
quinta-feira, novembro 23, 2006
Adoro, ADORO!!!, isto
PJ Harvey, Stories From the City, Stories From The Sea, This Mess We’re In
Camões
Tristezas, que não cansam de cansar-me;
Pois não abranda o fogo em que abrasar-me
Pôde quem eu jamais pude abrandar;
Não canse o cego Amor de me guiar
A parte donde não saiba tornar-me;
Nem deixe o mundo todo de escutar-me,
Enquanto me a voz fraca não deixar.
E se em montes, rios, ou em vales
Piadade mora, ou dentro mora o Amor
Em feras, aves, plantas, pedras, águas,
Ouçam a longa história de meus males,
E curem sua dor com minha dor;
Que grandes mágoas podem curar mágoas
(Luís de Camões, Sonetos, Pois meus olhos não cansam de chorar)
Falta um bocadinho assim
para Rodrigo Guedes de Carvalho se libertar de António Lobo Antunes. Quando o fizer será melhor escritor do que é agora. Já se percebe que consegue criar e contar bem uma história, que tem óptimas ideias, que descreve bem a intimidade e que a narrativa é algo com que joga bem, não se limitando a despejar a ficção. Mas ainda tem alguns tiques da principal influência (o segundo mês/capítulo está na fronteira do plágio). Este A Casa Quieta é um livro muito giro que nos deixa contentes por termos conhecido o Salvador e a Mariana. E isso é sempre bom. Há é que dar o salto….
Coisas...
2 - Não deixa de ser tramado o Sporting ganhar ao Inter em casa, empatar em Moscovo e em Munique, estar a fazer uma bela liga dos campeões e..... está eliminado (já para não falar das duas lesões em 5 minutos). Também quero dizer que gostava que o Barcelona fosse eliminado pelo Werder Bremen.
3 - A Anatomia de Grey anda a entrar-me no goto. Irrita-me a vozinha da Grey, mas está a entrar aos poucos.
4 - É cruel para o Benfica andar a golear os coxos que lhe calham à frente na Liga dos Campeões para depois ver o Manchester United lixar tudo, ao perder dois jogos seguidos. Isto de ser do Benfica, de andar de três em três, de nunca saber o que esperar da equipa não pode fazer bem ao coração.
5 - Era só isto.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Há algum tempo que não fazia destes: livro e música
A Biblioteca do Geógrafo, Jon Fasman. É o livro que acabei nos últimos dias. É um daqueles livros que prende, prende e depois começa a esmorecer no entusiasmo. Nunca explode, fica sempre ali a sensação que um grande escritor tinha feito algo muito melhor com este enredo. Assim…leu-se, encosta-se à estante e segue-se, que já está outro a caminho. É engraçadinho…
No campo do som, tenho-me fartado de ouvir coisas novas. Desde DK7, Disarmed, com umas atmosferas meio malucas; a Bruce Springsteen, Devils & Dust, menos chato que pensava; a The Faint, Dance Macabre, muito engraçado, com sons estranhíssimos e uma voz muito forte; a Beirut, Gulag Orkestar, com a estranhíssima sensação que gostei muito do álbum sem adorar nenhuma das músicas e Nine Inch Nails, With Teeth, o melhor dos cinco que ouvi. Já tinha um álbum deles, muito antigo, e, confesso, que não esperava muito deste regresso. Mas surpreendeu-me, achei o disco muito, mas mesmo muito giro. Está a tocar muitas vezes no meu cd. Assim, resolvi pôr aqui o teledisco da que, para mim, é a melhor música do álbum. Aqui está...
Nine Inch Nails, With Teeth, The Hand That Feeds
domingo, novembro 19, 2006
Ai, ai, ai
O Ilusionista ou
o Edward Norton é muito bom e é parecido com o Carlos. O filme é sobre um mágico (Norton) que por amor a uma futura imperatriz (Jessica Biel) enfrenta o poder de Viena, na figura do seu inspector-chefe da polícia (Paul Giamatti). É um bocado sobre a fronteira ténue da realidade e magia, e os truques lá aparecem são bem giros. No final tem um twist enorme que salva o filme e lhe dá algum sentido, contudo acho que o twist final talvez tenha sido demasiado gráfico, não deixando lugar para preenchermos os espaços, mas no geral gostei. O filme tem um ar elegante e inteligente que nos vai prendendo…e tem Edward Norton.
Fim-de-semana desportivo
Valeu a vitória do Federer no Masters de ténis (a vitória sobre o Nadal foi particularmente saborosa), caso contrário este fim-de-semana desportivo estava irremediavelmente perdido (então a porra da Académica não aguenta 10 minutos sem sofrer a me*** de um golo e o Marítimo falha um penalti?????!!!!!?????)
quinta-feira, novembro 16, 2006
Mário de Sá Carneiro
Eu não sou eu nem sou o outro,
sou qualquer coisa de intermédio:
pilar da ponte de tédio
que vai de mim para o Outro.
Mário de Sá Carneiro, Poemas Escolhidos (Indícios de Oiro), 7
Que música…que vídeo.
Nick Cave, No More Shall We Part, Fifteen Feet of Pure White Snow
Ps – Por que raio aparece o Jarvis Cocker?!?... mas que presença!!!!
quarta-feira, novembro 15, 2006
Esmagado
Fico sempre esmagado depois de ler Llosa. Tinha sido assim com o fabuloso A Casa Verde, e foi assim agora com Lituma nos Andes. Sem ter a complexidade narrativa do primeiro que li, Lituma nos Andes mantém uma personagem: o cabo Lituma. Este cabo sai de Piura para as montanhas do Peru. Aqui encontra os Terrucos (Sendero Luminoso), superstições, Tomasito e (re)encontra Mercedez. Pelo caminho ainda fala da Chunga e dos inconquistáveis (míticas personagens d’A Casa Verde). É fabuloso. Merecia o Nobel. Este livro é magistral.
terça-feira, novembro 14, 2006
segunda-feira, novembro 13, 2006
Não tem a ver com o espírito do blog, mas….
“O problema é nunca sabermos o que pode vir à luz, e que monstruosidades transmitiremos à sociedade vindoura (…) se bem que mesmo os criminosos fazem falta, para evitar desemprego na polícias e nos tribunais.”
“ (…) Seria mais prudente ensinar os machos lusos a trepar com qualidade, de forma a que o produto final aparecesse com acabamento genuíno. Por exemplo, a Filipa Gonçalves é uma bonita mulher, mas teve de ser acabada depois de crescer.”
“Todos compreendemos a causa das mulheres que gostam de fabricar para depois destruir, mas também não é justo para um homem que se empenha, transpira, grunhe, faz longas flexões durante…o tempo que pode, para depois não dar em nada, a não ser uma ida à casa-de-banho, um cigarro e um licor beirão. Assim não vale!”
Pois não, assim não vale, com argumentos destes é difícil. Eu sei que não tem nada a ver com música, filme, literatura ou o benfas, mas tinha que colocar aqui este nojo. E paga-se a este tipo de gente. Chiça….
domingo, novembro 12, 2006
Os Filhos do Homem
Julianne Moore, Clive Owen e Michael Caine são os intérpretes principais deste filme de Alfonso Cuáron (o mesmo realizador do brilhante: Y Tu Mama Tambien). No futuro (sempre retratado de forma horrível) as mulheres deixam de ser férteis e o Homem enfrenta a extinção. Este é mote de toda a trama. Depois há uma Moore que aparece demasiado pouco, um Caine que aparenta estar divertidíssimo a fazer o papel de charrado e um Owen que varia entre o adoro este papel e o meio desconfortável naquilo que está a fazer. O filme flutua entre momentos duríssimos e outros de magia plena (o bebé a parar a guerra…sim, eu sei, metáfora de esperança etc., etc. …). A banda sonora começa com Radiohead e vai-se tornando numa mescla de som metálico que ajuda imenso o filme. No fundo, no fundo eu acho que é mais isto: quem acredita que no meio da guerra e da miséria vai sempre haver esperança, quem ajude por ajudar e quem dê a sua vida pela vida de alguém…vai gostar do filme. Eu gostei.
Post sobre música (para variar, claro)
EU queria tanto, mas tanto, ter este álbum. Mas não tenho, é a triste verdade. Estive lá no concerto e quando o CD foi lançado tentei comprar mas já não o encontrei. Desde então tenho procurado naquelas discotecas de revenda, mas nada. Eu quero-o…muito!!!!! (para cúmulo, o meu tio, que não foi ao Restelo, tem o raio do disco. Raios!!!)
Entretanto, quando não estou a ouvir o disco do meu tio (buahh), oiço Beck. The Information é muito bom. É melhor que o anterior (mas não é melhor que o Mutations). Tem músicas muito boas e o álbum é bastante homogéneo. Gostei mesmo muito. Entretanto, numa escolha perfeitamente errada, ouvi os the Books, no álbum Lost and Safe, e sinceramente detestei. A palavra é mesmo essa, detestei. Mas para acabar em beleza, deixo aqui Nausea, de Beck.
Beck, The Information, Nausea
quinta-feira, novembro 09, 2006
Música do momento / Música na memória
Interpol, Turn on the Bright Lights, PDA
Esta música é uma das melhores memórias de um belo e inesquecível concerto no CCB, há mais de dois anos. Ouvi-a ontem por mero acaso e hoje já a estou a meter aqui no blog. A calma do teledisco (a tempestade e o fumo do tabaco estão sublimes), a beleza da letra, o piano, a voz de Nick Cave e a recordação do concerto tornam mágicos estes 4 minutos. Para ver muitas, mas muitas, muitas, muitas, muitas vezes.
Nick Cave, No More Shall We Part, Love Letter
Ps- "Presumo que haja pessoas que não sentem nada ao ouvir esta música. Presumo que sim, eu é que não as quero conhecer"... Alguém no Youtube escreveu isto. Eu subscrevo totalmente.
Quinta-feira (...ãh?)
No princípio existia uma enorme gota de leite.
Então chegou Doondari e criou a pedra.
A pedra criou o ferro;
E o ferro criou o fogo;
E o fogo criou a água;
E a água criou o ar.
Então Doondari desceu pela segunda vez.
E moldou-os num homem,
Mas o homem era orgulhoso.
Então Doondari criou a cegueira e a cegueira derrotou o homem.
Mas quando a cegueira se tornou demasiado orgulhosa,
Doondari criou o sono, e o sono derrotou a cegueira;
Mas quando o sono se tornou demasiado orgulhoso, Doondari criou a preocupação, e a preocupação derrotou o sono;
Mas quando a preocupação se tornou demasiado orgulhosa,
Doondari criou a morte e a morte derrotou a preocupação.
Quando a morte se tornou demasiado orgulhosa,
Doondari desceu pela terceira vez.
E ele veio como Gueno, o Eterno,
E Gueno derrotou a morte.
(Mali, Fulani; Mito da Criação)
quarta-feira, novembro 08, 2006
È pá…eles são muitos e bons.
I’m From Barcelona, Let me Introduce My Friends, We’re from Barcelona
Entretanto também ouvi Hush, álbum A Lifetime. É engraçadinho. Confesso que pensei que não ia gostar, mas acabei por uma música (If You Go breaking My Heart) para o Mp3 e tudo.
terça-feira, novembro 07, 2006
Guilty Pleasure
Verne, Júlio Verne. Agora acabei de ler Um Capitão de Quinze Anos (infelizmente o meu livro não tem a capa acima colocada). É um livro à Verne: tem enormes descrições que nada têm a ver com o livro (sobre insectos, barcos e rotas marítimas, descobridores ingleses e franceses….), incorrecções históricas sobre a escravatura portuguesa em África (prontamente corrigidas pelo tradutor, em tom irritado) mas…já não se encontram livros sobre honra, coragem e amizade assim. Se calhar, com esta idade, já não devia andar a ler Verne, mas é mesmo um guilty pleasure. Quem mais trata os maus das historias por, e passo a citar, “esses grandes marotos”. Marotos?!?! É lindo.
Ps – acho que estou a ser perseguido por maus que se deslocam em carrinhas da Dilofar. Não passa um dia sem que veja o raio de uma dilofar e, cúmulo dos cúmulos, há dias em que vejo três ou quatro carrinhas destas pelo espelho retrovisor (e não é sempre a mesma, elas viram para locais diferentes…mas depois aparece logo outra!!!!). Estranho, muito estranho….
segunda-feira, novembro 06, 2006
Mi-Mi-Miccoli (que espectáculo pá......)
Ps – a pena de morte, na América ou no Iraque, é sempre um erro.
domingo, novembro 05, 2006
Grandes...ENORMES!!!!!
Livro e filme
Filme…Meryl Streep vale o bilhete. É uma comédia que tenta criar pensamentos atrás dos sorrisos. O filme começa muito bem mas, mais ou menos a meio, começa a perder gás e fica muito morno. É mais curioso que engraçado. Mas Streep é que vale a pena. O tom de voz está brilhantemente apanhado, a mistura entre contenção, autoridade em tom gélido e cortante está magistral. A forma como olha, como anda, como consegue dar uma imagem frágil na cena é que é suposto ser frágil é de quem sabe. E ela sabe muito. O filme é curioso… ela é magistral.
quinta-feira, novembro 02, 2006
É quinta-feira
São neste momento treze e dezasseis.
Alguns conseguem ainda entrar,
alguns sair.
O terrorista passou já para o outro lado da rua.
A esta distância ficará livre de perigo
e, quanto a vista, é como no cinema:
Uma mulher de casaco amarelo…entra.
Um homem de óculos escuros…sai
Rapazes de jeans…conversam
Treze horas, dezassete minutos e quatro segundos
Aquele baixinho tem sorte e senta-se na vespa,
mais um tipo alto que entra
Treze horas, dezassete minutos e quarenta segundos
Passa uma moça de fita verde nos cabelos.
Só que o autocarro oculta-a.
Treze e dezoito.
A rapariga desapareceu.
Se foi bastante estúpida para entrar ou não
isso se saberá pelas notícias.
Treze e dezanove.
Parece que ninguém entra.
Há porém, um careca gordo que sai.
Mas olha, parece que procura algo nos bolsos,
faltam treze segundos para as treze e vinte
e ele volta a entrar em busca das luvas que perdeu.
São treze e vinte.
Como o tempo voa.
Deve ser agora.
Ainda não.
Sim, é agora.
A bomba…explode
quarta-feira, novembro 01, 2006
3-0
Só uma palavra para o fabuloso ambiente dentro e fora do estádio. Os adeptos do Celtic são espectaculares. Estava à porta do Colombo e ouviam-se cantar de dentro do estádio. Muito bom. Já tinha experiência com irlandeses e ingleses. Há muito tempo vi este mesmo Celtic no velhinho Alvalade com a minha irmã e tivemos uma bela conversa com um escocês velhote que ficou intrigadíssimo com a seguinte questão: como é que nós, lisboetas, escolhíamos ser do Benfica ou do Sporting (eu benfiquista e a minha irmã lagarta)? Lá, em Glasgow, era mais fácil a escolha (católicos = Celtic, protestantes = Rangers). Mas foi há muito tempo e não me lembrava bem. Agora ficou a certeza, os adeptos escoceses e irlandeses são óptimos sem causarem chatices. Os ingleses são bons mas mais provocadores.
Óptima jornada para o Benfica (com a derrota do Manchester) …mas contínuo a achar que é a Taça UEFA que nos aguarda (e não só ao Benfica….a Portugal em peso!!!....sim, eu sei, sou um homem de pouquíssima fé).
Anderson, tenho uma coisa para te dizer.
Por isto : “Maninhos, paizinhos e vovozinhos. Gostava muito de estar aí, junto com vocês. Esta é uma partida muito importante para todos nós e todos vocês sabem que temos de ganhar. Por mim, por vocês, por aqueles que ficaram cá, pela nossa equipa, pelo nosso clube. Estarei aqui mas a torcer muito por vocês. Fiquem com a certeza de que estarei aí, junto com vocês, em espírito. Muito e muito obrigado por estarem a ajudar a formar este homem, que sou eu. Maninhos, paizinhos e vovozinhos: tragam de volta uma vitória.E atenção, se eu escrever alguma coisa errada não é para folgar em mim, heim?” (Carta de Anderson aos colegas que vão jogar hoje em Hamburgo);
por isto “clima de incitamento ao ódio e pela violência do Benfica” (Miguel Sousa Tavares);
por isto “tive uma premonição que o Anderson se ia magoar” (Jesualdo Ferreira);
e por isto: “por quererem eliminar do jogo o futebol espectáculo de forma premeditada” (SAD do FC Porto…)...
Filmito e música do catano
O Sentinela, Douglas e Sutherland fazem o filme. Eva Longoria anda por ali e é paga para ser bonita no ecrã. O filme é muito sensaborão. Tem uma cena muito boa de discussão entre os dois actores do filme e depois volta ao marasmo. Sutherland é muito bom quando se cola a Jack Bauer, contudo, parece-me mal ele ter feito um filme em que é dos Serviços Secretos enquanto faz de Jack Bauer na série 24. Está aqui está a ser actor de “um só papel”. Mas pronto, são duas horas que se vão e no fim segue-se com a vidinha como se nada fosse. E isso não é muito bom, pois não?
Metallica com a orquestra sinfónica de São Francisco. Adoro esta música e a orquestração por trás está perfeita. Em mais nenhuma música do álbum a coordenação entre o som Metallica e a orquestra é tão perfeita. Normalmente, quando oiço a música, faço sempre dois ou três repeats. Gosto mesmo muito!!!!
Metallica, No Leaf Clover, S&M
terça-feira, outubro 31, 2006
Pollock (será isto pintura?).
Depois, depois de um período de 6 meses de fracasso e no final do prazo, pinta isto numa noite e numa manhã. Uma noite e uma manhã. Foi o tempo que demorou passar de mero mortal para a imortalidade, foi o tempo que demorou passar do bom para o Génio. Num dia e numa noite pintou isto:
Pollock, Mural, 1944
A partir daí…foi quadro genial,
Pollock, Full Fanthom Five, 1947
atrás de quadro genial…
Pollock, Névoa Lacanda: Número 1, 1950
segunda-feira, outubro 30, 2006
Livro
Fragmentos de Uma Vida, de Aharon Appelfeld. Mais um livro sobre o holocausto e a sobrevivência. Não é uma narrativa contínua, mas sim capítulos, com sequência temporal, mas independentes entre si. Aborda a infância do autor antes da guerra, o depois da guerra (depois da fuga) na Europa, o chegar a Israel, Israel nos anos 50 e o recomeçar a viver. Tem momentos duríssimos, outros que nos tocam e outros que nos passam mais ao lado. Mas numa altura em que a geração que passou pela segunda guerra mundial está a acabar e que o Holocausto se aproxima a passos largos de se tornar mais uma página da história que ninguém vivo…viveu, nunca é demais ler bons livros sobre este tema. A resistência ao esquecimento é necessária. Assim….diria que este livro é uma obra, por vezes, triste e forte (sem ser, por exemplo, um Sem Destino – Imre Kertesz), sobre um tema que não é para esquecer.
quinta-feira, outubro 26, 2006
Como se entrevista um Ogre?!?
Não me interpretem mal. Este senhor, para mim…e o blog é meu, é o melhor escritor português vivo. Não há dúvida. É o melhor escritor português depois de Eça e de Herculano. Mas como é que se entrevista António Lobo Antunes?!? A postura, as palavras e o pensamento são rudes. Há ali uma ligeira loucura e uma arrogância atroz que o tornam…um ogre. A fronteira entre a genialidade e a loucura é, realmente, muito ténue.
Da entrevista, alem do que já disse, ficaram as seguintes pérolas:
Aquilo a que chamamos experiência, é a repetição do erro.
Todos os sentimentos trazem em si o seu contrário, veja a ambivalência dos filhos pelos pais.
Próprio do homem é viver livre numa prisão.
Mário Soares falou comigo para o apoiar, disse que sim por amor, nem o ouvia bem, não li o programa e não votei.
É muito raro aparecer um escritor com talento, mas de vez em quando Deus faz alguém à sua medida.
Ninguém ganha uma guerra, todos perdem. A perda de um miúdo de 20 anos é irreparável.
O meu avô deu-me calorias de afecto (lindo!!!!!): puxava-me os cobertores, dava-me beijos.
Quinta-feira, não é?!?
deixei de ser mortal a noite inteira
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fora o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.
(30, Duende, António Franco Alexandre)
Música
Dos Scissor Sisters digo apenas: nã!!! Este revivalismo disconight não é para mim. Gosto do single e de outra mas, no geral, não me convenceu. É mesmo isto: nã!!
Os The Kills são uma história totalmente diferente. É uma bela banda e, No Wow, é um belo álbum. Gostei muito. Algumas das músicas passaram directamente para o meu Mp3. Só conhecia uma, a que está no teledisco abaixo (e que belo teledisco*), mas rapidamente passei a gostar da banda. Numa palavra: bom.
The Kills, No Wow, The Good Ones
* - já se beijavam, não!! (se forem irmãos, como os White dos Stripes, é uma bela porcaria este teledisco!!!...mas não devem ser.)
quarta-feira, outubro 25, 2006
Só duas coisinhas...
2 – Entretanto à vinda para o trabalho, o meu Ipod lá me fascinou outra vez. Ele é mudanças de estilo abruptas, ele é músicas que não oiço há imenso tempo, ele é um espectáculo. Depois de Marisa Monte, passa para o Pulp Fiction (Girl...), Pink Floyd e acaba com Metallica. Muito bom. Estou tão, tão, contente com ele, mas já o tinha dito não era (era!!!). Em homenagem, sincera, ao meu Ipod aqui estão os Metallica com Until it Sleeps
Metallica, Load, Until it Sleeps
Ps - é um teledisco do catano, à lá Bosch!!!!!
domingo, outubro 22, 2006
SL Benfica (em 3 actos)
2 - Karyaka...teve para ser dispensado (marcou, hoje, um golo)
3 - Miccoli foi expulso, quase metade da equipa levou amarelos. Miccoli não joga com o Porto...claro!!! Boa, Xistra, valeste o ordenado. Sobre este assunto remeto-vos para aqui.
Veneza (livro e algo pessoal)
Fazendo parte da horda que já andou pela cidade, EU acho que Veneza é como uma mulher, aquela mulher que fica na cabeça e não se esquece. É bonita, envolvente e num momento, 2/3 segundos apenas, agarra-nos pelos….colarinhos levanta-nos ao ar e depois puxa-nos para baixo e ficamos ali esmagados, siderados, embasbacados em puro deleite perante Aquele momento de pura beleza. Pode acontecer à entrada da praça de São Marcos, numa pequena praça com Oliveiras ou até numa loja minúscula de máscaras. Pode acontecer em qualquer lado…com a certeza que vai acontecer. Comigo foi o reflexo da fachada, banhada pelo sol, da pequena igreja de San Simeone Piccolo nas águas do grande canal. Naqueles segundos, percebi, sem sombra de dúvida, que aquele era o instante, aquela era a imagem de Veneza que ia recordar para o resto da minha vida. Depois viria Rialto, a Basílica de São Marcos, etc…todas aquelas imagens colectivas que toda a gente tem. Ali Veneza apanhou-me e só pude reconhecer-lhe o encanto. Depois…as águas agitaram-se e a imagem, aquele instante foi-se. Puff… Como uma mulher, Veneza é caprichosa só mostra o que quer, quando quer, enquanto quiser.
Ps – O uso não autorizado das fotos fora deste blog não é permitido…
Ps1 – Obviamente estava a gozar no ps anterior….