domingo, novembro 05, 2006

Livro e filme

Livro....A Igreja das Meninas Mortas, de Stephen Dobyns, há que dizer que há sempre uma primeira vez. E este foi o primeiro policial/romance negro que li onde não há interrogatórios, onde há capítulos sem diálogos e onde a personagem central não é alguém que anda a tentar descobrir algo. Isto obriga a trama a tornar-se mais complexa, assim como obriga a uma melhor definição das personagens e do ambiente na cidade. Acaba por ser bem interessante esta mudança porque os policiais, por vezes, tendem a cair no mesmo. É muito engraçado.



Filme…Meryl Streep vale o bilhete. É uma comédia que tenta criar pensamentos atrás dos sorrisos. O filme começa muito bem mas, mais ou menos a meio, começa a perder gás e fica muito morno. É mais curioso que engraçado. Mas Streep é que vale a pena. O tom de voz está brilhantemente apanhado, a mistura entre contenção, autoridade em tom gélido e cortante está magistral. A forma como olha, como anda, como consegue dar uma imagem frágil na cena é que é suposto ser frágil é de quem sabe. E ela sabe muito. O filme é curioso… ela é magistral.