quarta-feira, janeiro 31, 2007

Regresso em grande

E de repente, depois de um álbum falhado e de terem “terminado”, os Divine Comedy voltam com este, muito bom, Victory for the Comic Muse. As músicas voltam a ser irónicas e repletas de boa disposição e humor. É um belo regresso, de uma banda que eu gosto muito. A Lady of a Certain Age é a música que resolvi por aqui. Não é bem um teledisco, mas como gostei, muito, da música resolvi ultrapassar isso e “postar” à mesma.


Divine Comedy, Victory for the Comic Muse, A Lady of a Certain Age

United 93


Ao contrário do filme de Oliver Stone este Voo 93 não tem estrelas. Retrata o 11 de Setembro, melhor, retrata uma das histórias do 11 de Setembro. A do avião que caiu no campo porque os passageiros atacaram os sequestradores. É um filme digno, sem espalhafato, e Paul Greengrass cumpre a função…contar uma/a história. Bela surpresa.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Uh Huh Her

Gostei muito. Primeiro estranha-se porque não há nenhuma música orelhuda, depois estranha-se ainda mais porque não é tão bom quanto o último, Stories From the City, Stories From the Sea. Mas, ao ouvir várias vezes, percebe-se que as músicas são mesmo boas e que o raio do álbum afinal… é óptimo e PJ Harvey é um génio. Quase metade do álbum foi directo para o MP3. The Letter


PJ Harvey, Uh Huh Her, The Letter

Isto sim, são murros no estômago


Pedro Juan Gutierrez consegue, em Trilogia Suja de Havana, ser brilhante. É um romance autobiográfico onde ele não é decorativo, bonito nem doce. É uma escrita sem paz, atormentada e irreverente onde se sente a irritação, a violência e o desespero do escritor. Fabuloso e imprescindível. #5

domingo, janeiro 28, 2007

Manic Street Preachers


Não estava à espera que Lifeblood fosse assim. Comparado com os últimos álbuns da banda, em especial Everything Must Go, este fica a anos luz. Não só não há nenhuma música orelhuda, como, em geral, o disco está perto do banal. Fez-me ter saudades disto e disto:


Manic Street Preachers, Generation Terrorists, Motorcycle Emptiness

Passeio...


Sem perder um único set, lá teve que vencer mais um Grand Slam…. Quando se é muito bom, é-se muito bom.

sábado, janeiro 27, 2007

Snow Patrol e Maximo Park

Dos Snow Patrol fiquei com a sensação que são aquela banda do ano que fazem a balada que toda a gente gosta e que, na realidade, é mesmo bastante gira e depois vão desaparecer. No caso dos Snow, álbum Eyes Open, a balada chama-se Chasing Cars e é girita, sim senhora. Podem vê-la e ouvi-la aqui. Os Maximo Park são diferentes. Bela banda, com guitarras e refrões que se colam ao ouvido e de lá não saem por muito tempo. O disco é homogéneo, sem grandes variações entre grande música e música para encher. A Certain Trigger anda a passar incessantemente no meu leitor. Para “postar” aqui estive indeciso entre Apply Some Pressure e Graffiti…ganhou a primeira, aqui está ela:


Maximo Park, A Certain Trigger, Apply Some Pressure

Literatura internacional...


Cinquenta anos depois do fim da Segunda Guerra mundial, uma senhora passa por uma loja de antiguidades em Zurique e encontra lá exposto, à venda, uma mesa que deu a uma conhecida para guardar em período de guerra. Esta é a premissa de Despojos de Berlim, de Michael Pye. Depois entramos num mundo de descobertas: a descoberta de um passado obscuro e criminoso numa avó até então fria mas carinhosa, a descoberta de histórias que não nos pertencem mas também nos pertencem e a descoberta do poder das revelações. É um livro complexo, muito bem escrito que nos prende. Gostei muito. #4

É pá…o que foi isto Serena?!?!


61 e 6-2, toma lá fresquinho. Não jogava à séria há imenso tempo. Chega à Austrália como nº-83 do mundo. Está quase a perder nas duas primeiras rondas, ganha confiança, esmaga tudo o que lhe aparece pela frente chega à final, com a número um do mundo segunda-feira, e…. esmaga-a também. É pena, gosto mais da Sharapova.

Filme leve e filme tenso


Típica comédia com Ben Stiller. O pior é que depois os momentos cómicos ficam sempre aquém do esperado. Assim, o filme, À Noite no Museu, vale pelo museu e por ver representado legiões romanas, Atila o Huno, etc… É engraçadinho.


É, sem dúvida, o melhor filme de Anthony Minghella desde o, bastante aceitável, Paciente Inglês. Expressa bem a forma como as mulheres e os homens sentem as coisas, as mesmas coisas, de forma diferente. Binoche e Robin Wright Penn vão muito bem, já Jude Law cola-se um bocado ao Closer. É muito giro e vale bem a pena ver este Assalto e Intromissão.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Dois assuntos distintos.

1 – Fiquei algo desiludido com Mr. Beast, dos Mogway, e com Roots and Crowns, dos Califone.

2 – A Martina Hingis perdeu na Austrália. Raios. Vai Federer.....

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Para quando nos apetecer…

...e porque o meu dia termina assim: a ouvi-la, em repeat (o vídeo não tem uma qualidade por aí além, mas o som está bom)


Jeff Buckley, Grace, Hallelujah

Babel


Ao terceiro filme Inarritu é aclamado e vê o seu filme vencer prémios mainstream e não alternativos, como aconteceu com Amor Cão. É difícil dizer qual dos três filmes mais conhecidos dele é o melhor. Amor Cão, 21 Gramas e Babel são iguais na forma como a história é contada: saltos temporais e narrativas cruzadas com ligações que apenas se compreendem no fim ou com algum trabalho mental por parte do espectador. Pois é aqui que este Babel perde para os outros: as ligações entre as histórias são-nos dadas muito facilmente e há personagens, principais, que são periféricas à trama global, caso da miúda japonesa. Não deixa de ser um grande filme, com interpretações fantásticas, que, muitas vezes, nos deixa sem fôlego e incomodados. É muito, muito bom, mas não é melhor que, por exemplo, 21 Gramas e isso desiludiu-me um bocadinho.

Ps – não deixa de ser curioso que um filme de um realizador mexicano, sem produtores ou escritores americanos, falado em marroquino (árabe?), japonês, espanhol e pouco inglês tenha ganho o globo de ouro para melhor filme, enquanto um filme de realizador americano (Clint Eastwood), com produtores americanos, tenha ganho o globo de ouro para melhor filme de língua estrangeira (Cartas de Iwo Jima).

Dois tipos estranhos

Eminem e Marilyn Manson. Qual dos dois o mais estranho? Nos últimos tempos passaram pelo meu leitor os respectivos best of. De Eminem ficou o menear de cabeça perante as mais conhecidas. Das outras, para encher, mais desconhecidas, não gostei de nenhuma…confere! De Marilyn Manson já é diferente. Já tinha algum conhecimento, do primeiro álbum, e tem um som mais agradável aos meus ouvidos, apesar de não ser exactamente o que oiço preferencialmente. Deixo aqui as minhas preferidas destes estranhos senhores….



Eminem, Curtain Call – Best Of, Lose Yourself



Marilyn Manson, Lest We Forget – Best Of, Tourniquet

domingo, janeiro 21, 2007

Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)

Esta manhã
hoje
é um nome.

Nem mesmo amanheceu
nem o sol
a evoca.

Uma palavra
palavra só
a ergue.

Como um nome
amanhece
clareia.

Não do sol
mas de quem
a nomeia.
Fiama Hesse Pais Brandão, O Nome Lírico

Serious issues...


O Mel Gibson tem questões por resolver. Só pode. O raio do homem tem uma capacidade de demonstrar a barbárie, de nos expor ao sangue a ao pior que todos temos para dar que chega a ser assustador. Ao filmar o declínio da civilização Maia acho que ele fez outro bom filme (a cidade maia e as filmagens na floresta estão muito bem), noutra língua morta, mas que peca por não resistir a alguns simbolismos dispensáveis (o eclipse, por exemplo). A crueza bélica e a simbologia espiritual, já se percebeu, é algo que gosta de filmar agora é esperar que não passe a fazer filmes todos iguais. É que um (Paixão de Cristo) vai, dois (este Apocalypto) ainda se aguenta, um terceiro do mesmo estilo é que já não sei.

A arte e a expressão dos sentimentos.

É difícil não perceber o que lhes passou pela cabeça ao pintar isto, não é?

Antonin Artaud (1), o Totem, 1945 / Frank Auerbach (2), Cabeça de EOW, 1972

1 - Toda a vida sofreu de instabilidade psicológica, chegou a ser internado em clínicas psiquiátricas. È autor de um estranhíssimo imaginário (pernas e braços desmembrados, caveiras e este tipo de desenho aqui em cima).

2 - Auerbach capta a imagem das suas amantes, sendo que se livrava delas a uma velocidade estonteante.

sábado, janeiro 20, 2007

The Wire (A Escuta)


Por indicação de um amigo finalmente comecei a ver o A Escuta. Série de polícias e rede de droga. Ainda só vi o primeiro episódio e como qualquer primeiro episódio, de uma série com continuidade, ainda está tudo meio confuso. A primeira série só tem treze episódios, de uma hora cada um, ao contrário dos habituais 40m, por isso ver-se-á com alguma rapidez. A ver vamos…por agora ainda me estou a habituar.

No domínio do som…

Conheci os Sparklehorse, Dreamt for Light Years in the Belly of a Mountain (chiça, que é grande), banda que tem uns sons meio melancólico/tristes, que desconhecia perfeitamente, e que é engraçadito. Ouvi, também, o novo disco da Aimee Mann, The Forgotten Arm, que me pareceu o melhor que o anterior, Lost in Space, mas sem atingir o brilhantismo do banda sonora de Magnólia. E ouvi os Cut Copy, Bright Like Neon Love, que é um álbum médio mas que tem uma música muito boa, este Going Nowhere que está aqui em baixo. Se o álbum fosse todo assim…


Cut Copy, Bright Like Neon Love, Going Nowhere

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Do grande mestre….


li agora este Noites Brancas. É um livro pequenino sobre um sonhador. Desta feita Dostoievski apresenta-nos uma personagem que não é tão complexa psicologicamente com outras que criou, mas mesmo assim, em pouco menos de 100 páginas, volta a demonstrar-nos que o homem é muito mais que um ser puramente biológico. Qualquer livro deste genial russo, o melhor escritor de sempre, é um tratado de psicologia. #3

Dar o mérito devido…

Quando há algum tempo ouvi o disco a solo de Thom Yorke esta música passou-me um bocado ao lado. Entretanto tenho-a ouvido mais vezes e tenho-me vindo a aperceber que é uma música espectacular. Merece um post só para ela e o teledisco aqui “postado”. Aqui está.


Thom Yorke, The Eraser, Harrowdown Hill

terça-feira, janeiro 16, 2007

1978...ààà esse grande ano


Através da colecção, saída há uns largos anos no DN, de livros de vencedores de Prémio Nobel, cheguei a O Mágico de Lublim, de Isaac Bashevis Singer, Nobel em 1978. É um pequeno livro sobre um anti-herói. Neste misto de tragédia e comédia onde o aborrecimento e a magia tomam papel importante, Yasha é uma espécie de Dom Juan judeu que acaba…..bem ia contando o fim. É um livro, de paixões de natureza sexual, religiosa e, até, de cariz supersticioso, que se lê muito bem. #2

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Por estas bandas…

conheceu-se Adam Green, Jacket Full of Danger, dono de uma voz profunda e grave, Nitin Sawhney, Philtre, com diversos estilos num só álbum e Rádio 4. Rock directo, com guitarras e refrões apelativos. Enemies Like This, o nome do álbum, tem uma série de boas músicas rock, sendo a melhor este, homónimo, Enemies Like This.


Radio 4, Enemies Like This, Enemies Like This

sábado, janeiro 13, 2007

Olha que coisa estranha, mas engraçada.


Denzel Washington num filme muito estranho. Engraçado, mas estranho. Começa muito bem e mantém-se assim durante uma hora, depois aparenta passar-se e teme-se que se torne numa tolice tremenda, e depois volta a melhorar e acaba bem. Ok, acaba connosco a pensar: “porquê que isto acontece….?”. No geral é estranho e engraçado. Estava à espera de mais um filme de suspense a acção, mas fiquei agradavelmente surpreendido. E já agora, que se passou com o Val Kilmer?!?

Primeiro livro do ano


Jakob Von Gunten – um diário, de Robert Walser. É a história de Von Gunten num instituto que visa o ensino da paciência e obediência. É na forma como Jakob vive estes ensinamentos e os mistura e utiliza nas experiências com o irmão, rico e snob, e na cidade que se passa este livro. Numa escrita escorreita e límpida Walser apresenta-nos este Jakob, uma série de outras personagens (Kraus, por exemplo) e o próprio instituto, Benjamenta de seu nome. Gostei...de inicio é difícil, mas no fim já se lê com prazer. Bom livro, comecei bem.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Mestre...

Sérgio Godinho é um mestre. Mesmo um álbum que não é genial, na sua globalidade, é bom. E há sempre uma ou duas que ficam na cabeça. Este (está aqui em baixo o clip) Às Vezes o Amor é uma bela canção e No Circo Monteiro Nunca Chove e A Deusa do Amor são Godinho vintage. Mesmo quando não é fenomenal vale a pena: isto é Sérgio Godinho. Só mais uma coisa…. Não consigo ouvir Sérgio sem pensar que devia saber as músicas de cor. Deixemo-lo falar:


Sérgio Godinho, Sérgio Godinho, Às Vezes o Amor


Ps – The Presets (Beams) e Sleater-Kinney (Woods) não me encheram as medidas. Os sons disco do primeiro e deslavados do segundo são engraçados, mas apenas isso. Confesso que esperava mais dos The Presets.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Dia 23 estou lá outra vez....

Objectivo: fazer exame oftalmológico marcado para às 8.30m; Local: Lisboa, instalações do Serviço nacional de saúde

Dez para as seis: toca a acordar, espera-se fila na entrada em Lisboa. Despachar no banho, despachar na vestimenta e sair: a calçada de Carriche tende a não perdoar…pois, desta vez perdoou. Sem fila até ao destino. Resultado…

Dez para as oito: Em pé, há chuva, com cinquenta pessoas à frente para entrar no edifício. Isto começa mal….

Oito horas: em fila indiana e muito devagarinho lá se entra. “Desculpe, em que andar se faz este exame? No quinto.”… Obviamente, depois de cinco minutos sentado e de ter tirado uma senha, vim a saber que era no sexto. Isto continua a correr bem…

Oito horas e quinze minutos: chegam as senhoras que nos retiram a senha e apontam os nossos nomes. Atende 4 (4!!!!) pessoas em quinze minutos. Faltam 15 para chegar a minha vez (aquele cabrão com o quinto andar….).

FALTA A LUZ!!!! Claro, faltou a luz. Não se faz nada enquanto a luz não voltar. Entretanto uma senhora começa a guinchar ao telemóvel e a ofender as colegas de trabalho porque eles não estavam a fazer o suficiente para levar os miúdos de uma escola ao Palácio de Queluz. No fim, os rapazes lá foram a Queluz, mas a senhora tem uma boca muuuuuuuito suja. Entretanto a sala vai-se apinhando de gente, as janelas já estão embaciadas, não há entrada de ar, mas…não se faz nada enquanto não vier a luz. Ok….

Dez para as dez: Volta a luz, sou atendido, dou a minha senha e uma Strunff resmungona encaminha-me para o corredor onde tenho de esperar pelo exame. Espero…. Com menos companhia, mas com melhor companhia.

Dez e quinze: nada a assinalar

Dez e meia: começa a conversa entre as minhas distintas colegas de espera. “Eu sou de tão longe, sou da terra da floribela e ainda aqui estou. – Ai, a senhora é de longe, olhe que eu também sou. – Ai é de longe, de onde é? – (respondo eu) é de longe!!! (fico rodeado de má caras) – (respirando fundo depois do meu comentário lá responde a outra colega de espera) Sou de Torres Vedras e tenho muitos animais”…Ora, vamos pensar nesta resposta: “de onde é? – sou de Torres Vedras e tenho muitos animais.”..ok, parece-me bem. FALTA A LUZ (passado um minuto volta, passado um minuto desaparece, passado um minuto volta)

Dez e trinta e pouco: “isto vai demorar porque a doutora está em cirurgia” – diz uma enfermeira. Responde uma das minhas amigas:”não teve um acidente, não? É que uma vez tive aqui tanto tempo porque o doutor teve um acidente e o meu marido já pensava que me tinha dado uma coisa ou sentido mal. – Não, a doutora está só em cirurgia e enquanto a luz não estiver estabilizada, não pode haver exame.” Ok…penso eu, e não contente com o ok digo “as boas noticias acumulam-se” – mais uma vez, olhares interrogatórios e ameaçadores, e um olhar muito estúpido (que eu presumi ser olhar de: não percebi).

Onze horas: Gotas para os olhos….gotas fortes, que impossibilitam o condução. À….ok, e só dizem agora, não é? Na altura da marcação era má altura, correcto? E para melhorar…temos de ficar com os olhos fechados. “Durante quanto tempo? - Até à doutora chegar. Quando é que a doutora chega? – quando terminar a operação. Que é quando? – é quando a doutora chegar aqui”….Sempre gostei de argumentação em círculo.

Meio dia e trinta minutos: a doutora. Que bom, abrir os olhos, mesmo que não se veja muito bem. O exame dura 5 minutos.

Meio dia e quarenta: estou despachado!!!!! Ufa, ainda bem que foi rápido….

Uma hora da tarde: efeito das gotas: todos os carros estão com cenas azuis nas rodas e as camionetas da barraqueiro são de um azul fortíssimo que aparenta ter relevo. Que bela sensação é ter ilusões visuais.

Que bom. Acho que correu bem. E foi dentro da hora prevista.

300 mil contos

Sem marcar um único golo. Gosto do futebol, é um belo desporto.

terça-feira, janeiro 09, 2007

I’m too sad to tell you

Bas Jan Ader, Estou Demasiado Triste Para To Dizer, 1970

Dei de caras com esta fotografia ontem ao começar a folhear um pequeno, grande, livro sobre arte contemporânea. É a emoção pura que nos abana e nos perturba ao ver isto. Esta expressão, genuína, só pode ser genuína, de dor sem conhecermos a causa coloca-nos (coloca-me?) na fotografia. É um belo murro no estômago. Brilhante.

Ai o Dakar, ai o Dakar....

Já fez outra vítima. E a reacção geral é “de facto, o Dakar é muito duro e traiçoeiro” ou “morre sempre algum”… Não faz sentido. Que raio de prova se manteria em activo com mortes todos os anos? Se morressem jogadores de futebol regularmente, a jogar, não se alteraria as regras? Aqui não, não só se acha um certo encanto como contribui para aumentar a lenda. Eu não gosto. E não percebo o fascínio. Não é só por morrerem pessoas, mas também é. Que tal partidas, nas motas, em grupos? A meu ver, algo devia mudar.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Prison Break (episódio #1 e #2)


Estreou ontem com dois episódio seguidos. Dois episódios que prendem logo a atenção e nos deixam colados ao ecrã. Muito bom. A série tem um óptimo ritmo e é cena atrás de cena a prender-nos o interesse. Só os interlúdios não são grande coisa, mas vá, isso perdoa-se. Agora é esperar que se mantenha assim (e reza a lenda que se mantém). A ver vamos.

Pesos pesados

Nick Cave e Morrissey. De Nick Cave ouvi o álbum triplo de raridades e afins. Se Cave consegue ser estranho e, por vezes, difícil, imagine-se um álbum de raridades. Para mim, que sou fã indefectível, foi algo que tinha de ouvir e agora, que já está…guarda-se ao pé dos outros. Morrissey, You are the Quarry, álbum que trouxe o ex-Smiths de novo para a ribalta. Começa com duas músicas de intervenção, com letras fortíssimas contra a América e contra a Inglaterra e depois mantém-se mais ou menos dentro do mesmo registo. Dentro do mesmo, bom, registo. Este First of the Gang to Die foi o primeiro single e é, sem dúvida, para mim, a melhor canção do álbum. Morrissey


Morrissey, You Are The Quarry, First of the Gang to Die

Ps - "...and he stole from the rich and the poor, and the not very rich and the very poor"...é muito bom!!!

domingo, janeiro 07, 2007

Não é evidente?

É algo que eu já sabia e sentia, mas agora vem um "estudo" prová-lo. Sinceramente, havia dúvidas?!?
Ps – Pena que os postes não se possam comprar (único comentário que farei ao Porto-Atlético)!!

Ok...foi com o Oliveira do Bairro


Mas ou muito me engano ou este mexicano, espertalhão (os festejos à águia e a camisola do Nuno Assis, são de génio para quem quer ganhar a empatia dos adeptos), ainda vai ser muito útil.

Duas coisas....

1 - O desfazer da árvore de Natal é sempre uma bela seca. Associando a seca a uma ligeira “ó bolas, já se está a tirar” diria que é uma má forma de começar o dia.

2 – Gosto do som da palavra ralhar (apesar de não a conseguir dizer bem).

sábado, janeiro 06, 2007

Camera Obscura

Let’s Get Out of This Country é tão leve, tão leve que parece que flutua. Camera Obscura podia enganar e fazer pensar em algo pesado, mas não, estes escoceses são uma banda de “música de verão” e o álbum é uma colecção de músicas suaves, sem serem lamechas e patetas, que se ouvem a bater com o pé e a menear a cabeça. Bela banda, belo disco…bela surpresa. Aqui deixo a melhor música do disco, este genial e leve (já tinha dito?) Lloyd, I’m ready to be heartbroken (que é um nome bem catita):



Camera Obscura, Let's Get Out Of This Country, Lloyd, I'm ready to be heartbroken

Homem de negro


Johnny Cash, Walk the Line. Filme espectacular sobre a vida de Cash. Confesso que não conhecia nada sobre a vida, nem sequer sobre a obra, mas fiquei com imensa vontade de arranjar um best of, ou aquele álbum da prisão. Reese Whiterspoon é fabulosa, absolutamente fabulosa (mereceu o óscar), e Joaquin Phoenix não lhe fica atrás. Não estava à espera de gostar tanto do filme. Agora é arranjar músicas de Cash.

Hum…não sei, não.


Ao Meu Filho, de Marilynne Robinson, venceu o Pulitzer 2005. É um pregador americano a escrever uma carta ao filho mais novo. Com muita reflexão, Deus e recordações à mistura. A meu ver começa muito pastoso e vai melhorando para o fim. Não me maravilhou e no fim digo apenas o seguinte: lê-se!!! Fiquei com a sensação que não é o meu estilo (o que é algo, muito, limitado de se dizer, eu sei…mas fiquei mesmo com essa sensação)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Todos os dias, muitas vezes por dia....

oiço isto.

Sublime. Absolutamente fabuloso.


É aproveitar, é aproveitar....


Está livre!!!....se calhar é altura de dizer adeus ao Nandinho, não?

quarta-feira, janeiro 03, 2007

É pá, há muito tempo que não falava de música.

Depois de ficar alegremente surpreendido por Kasabian (Kasabian), de, mais uma vez, ficar desiludido com Muse (Black Holes and Revelations), intrigado com Mars Volta (Frances, the Mute - estranhíssimo), fiquei esmagado com Clap Your Hands Say Yeah. Que banda e que álbum do catano. A vozinha do vocalista custa a entrar, mas depois fica na cabeça e muito tempo no leitor. A melhor do álbum está aqui em baixo (o som está baixo, logo tem que se aumentar o volume…é só um conselho).


Clap Your Hands Say Yeah, Clap Your Hands Say Yeah, Is This Love?

Imediatamente antes da viagem

exposições à farta...




Amadeo de Souza-Cardoso, Pintura, 1917


Na, longa, exposição colectiva que se organiza em torno de Amadeo de Souza-Cardoso que se encontra no piso 0 da Gulbenkian podemos encontrar, nas obras de Amadeo, curvas à Modigliani e cubismo, mais ou menos, perceptível. É uma longa exposição que permite, face à amplitude e abertura do espaço, uma visão proximal e distal (sim, eu sei que soa cagão, mas não há outra forma de dizer isto) das obras, permitindo, especialmente no período cubista, uma maior compreensão dos quadros. Para um não conhecedor de Amadeo, como era o meu caso, é uma exposição interessante que nos expõe a obra do pintor, permitindo-nos começar a gostar dela. Mais, o preço de entrada parece-me perfeitamente adequado.




Star Wars no Museu da Electricidade tem um preço de entrada perfeitamente absurdo, 10 euros é demasiado para o que se vai ver. Mas vá… Nesta exposição parti de um ponto de vista diferente da anterior: reconhecia o que estava a ver. O que mais fascina são as maquetas e os bonecos das personagens, os manequins com a roupa, numa escala de 1:1, são o menos interessante. Depois há o r2d2, o 3cpo, o Chewbacca, Darth Vader e o menos conseguido Yoda. É engraçada e tem uma loja no final bem catita…mas o preço de acesso é que trama a coisa.





Ainda na Gulbenkian vi Mundo de Sonhos uma colecção de estampas japonesas. É pequenina e vê-se em 15m, mas valeu bem a pena. É curiosa e tem uma explicação de estampagem, com número diferente de cores, em madeira muito interessante. Se tivesse sido agora, demorava lá mais tempo.

terça-feira, janeiro 02, 2007

e não é que...

ao segundo dia do ano, e ainda de férias, o trabalho não começa nada bem. É que não começa mesmo!!!!!

PORRA!!!!!

Chipi, chipi...


Ok, o filme é muito giro, as paisagens são fabulosas, o Gael Bernal e o Rodrigo Serna estão estupendos, o Machu Pichu é filmado com a grandiosidade que merece, a passagem do Machu para Lima é muito boa….apenas a cena na leprosaria é demasiado grande. Em suma, o filme é muito bom, mas o que é muito, muito, muito bom é a música do baile: chipi, chipi…. é pá, que classe, que espectáculo de música.

Chipi, chipi, ééééé

Para o género....é fabuloso


Quilómetros…muitos quilómetros… chipi chipi…muito património mundial…uma praça, que ganha o melhor pátio, das flores….chipi, chipi…àaaa, as catedrais também são giras…picar….chipi chipi…mais quilómetros…valeram bem a pena.