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Descansa. Dorme. Que levo o teu nome no espaço do meu nome. Descansa. Não vou deixar que te aconteça mal. Não devia ter deixado que te acontecesse mal. Uma semana. A semana. Mas havia esperança (qual?! pergunto-me agora). A esperança. Só a esperança. Nada mais. Chega-se a um ponto em que só há ela e então...temos tudo. Depois não temos nada. Mais nada. Não te aflijas, sou forte, sou capaz. Sou mesmo. Reconheço-te, porque não te esqueci. O tempo é novo sem ti e sempre contigo. Não te preocupes, eu oriento-me. Gostava que agora, apenas uma pena inconsequente parasse a olhar para dentro de mim e após olhar....segui-se em frente. Mas não. ONDE ESTÁS? Que me deixaste a gritar, onde estás? Só! Estar só é muito mais do que conseguir dize-lo. Só. Gostava de te ver. Precisava de te ver. Mas não. Nunca mais. Nunca mais. Dorme. Foste tanto. Dorme. Eras um pouco imenso em mim. Descansa. Ficou a tua vida em mim. Ficaste todo em mim. Nunca esquecerei. (Peixoto, eu, Peixoto, Saramago, Peixoto, Ricardo Reis)