
Não consigo fazer um pódio. Há uma série de livros escritos esta década que valem a pena mencionar por serem magníficos: vou começar pelo mais recente que li, Bestas de Lugar Nenhum, o impressionante livro de estreia de Uzodinma Iweala, depois não posso deixar de referir os seguintes: Travessuras da Menina Má, o mais recente de Llosa, a Boda do Poeta, do chileno Skarmeta, Fantasma de Anil, de Ondaatje, O Mar, de Banville, Sábado, de Ian McEwan, O Assassino Cego, o difícil mas excelente livro de Atwood, O Interprete de Enfermidades, a excelente primeira obra de Jhumpa Lahiri, Shalimar o Palhaço, do brilhantebrilhantebrilhante Salman Rushdie, Middlesex, de Eugenides, A Estrada, livro espantoso, espantoso!, de Cormac McCarthy, O Mesmo Mar, o belissimo livro de Amos Oz, e a Mancha Humana, o ultimo grande livro de Philip Roth. Estes foram dos melhores que li, daqueles que ficam na cabeça e prometem perdurar por tempos e tempos. Deve haver outros, de certeza que me estou a esquecer de livros incriveis mas, como disse no primeiro dos resumos, quando me lembrar vou acrescentando.
Contudo há que dizer que esta década foi, também, a década que me apaixonei pelas obras de autores não russos. Dostoievski, Tolstoi, Tchekov e Gogol já me tinham conquistado, mas esta foi a década em que descobri, aprofundei e enamorei-me pelas obras de Don DeLillo, J.M.Coetzee, Robert Wilson (Javier Falcon é um guilty pleasure!!!), Phillip Roth, Mário Vargas Llosa (o sargento Lituma é espectacular), John Updike (a saga Coelho e não só), Salman Rushdie (Filhos da Meia-Noite colou-se a Crime e Castigo como livro de uma vida), Pamuk e Flannery O’Connor. Apetece-me dizer também que começo a ter vontade de ler mais e mais de Buzzati, McCarthy, Murakami, Le Clezio, Oz e Ondaatje.