Que classe

Pode já não correr como corria, mas joga como jogava. É uma delícia ver o homem jogar.

Caramba, que livro!!!!

Faulkner leva-nos de volta a Yoknapatawpha, através da recriação da história de Thomas Sutpen, e a momentos de tensão máxima onde se percebe que a imaginação, a forma de escrever do autor e….O LIVRO, Absalão, Absalão!, são algo que se encontra muito, mas mesmo muito, perto do sublime. A maneira como aquela mistura e novelo de vozes se conjugam e dão um corpo firme e sólido a uma narrativa, que podia ser confusa, mas não o é…é só certeira e impossível de não admirar e não ficar esmagado. Neste livro aflora-se, aprofunda-se, o drama da cor negra nos estados do Sul. É um livro selvagem, pela aparente ausência de regras, e desesperado que nos cola às páginas. É um livro brilhante, é um Faulkner. #21

Dengue Fever e K-os.... mas mais Dengue Fever

Dengue Fever, Escape From Dragon House, é muito esquisito. De facto, os Dengue Fever (que belo nome) são muito esquisitos eles próprios. São de Los Angeles e fazem uma música meio psicadélica com misturas orientais, particularmente do Cambodja. Local que inspirou a criação da banda. muito estranho. Ms não mau. We Were Gonna, a primeira faixa do álbum, é muito fixe e merecia estar aqui no blog, mas não arranjei nada no YouTube. K-os – Hymns for a Disco não me deixa muita saudades. Tem uma música do caraças, Sunday Morning, mas o resto não me maravilha. Fica Sunday Morning...

K-Os, Hymns for a Disco, Sunday Morning

Ensaio sobre a.....a estupidez atroz

As nossas televisões não prestam. Mas que todas elas têm diversos graus de não prestar nós já sabíamos. Analisemos, com notas de 1 a 20, as televisões portuguesas no que concerne às séries emitidas:


Canal 2: No que toca a séries, boas séries, de Tv, não há nada como a 2. Dá as séries a horas, sem saltos e faz a publicidade adequada. Entre as séries transmitidas temos: 24, Bones, Sem Rasto, Sopranos (nunca fui grande fã, mas….), ER, Sete Palmos de Terra, etc.... Nota 20

Canal 1: pois, o canal 1 começa a ser para o fraquinho. Começam a dar a série com horários bem definidos, mas rapidamente alteram tudo e passam a dar a série “do momento” todos os dias e deixam de dar as outras até então consideradas “a série do momento”. Como último exemplo….temos o Lost, que pura e simplesmente desapareceu de antena devido ao Prison Break. Com a estreia da A Unidade, vamos ver que acontece ao Prison Break. Nota 12

Sic: séries muito cedo, logo ao inicio da tarde, Ugly Betty, ainda hora de almoço (alguém dá uma série às 14h?!?!) ou então séries às tantas da manhã (D.C. Desesperadas e todos os CSI’s). Falta-lhes força para combater as novelas, nota 8

TVI (o verdadeiro motivo deste post): Meu Deus, que azar a TVI ser portuguesa!!! Dá o House ao dia previsto e às horas previstas é verdade, mas… dá à uma da manhã!!!! E agora têm o Heroes e o Nip Tuck e pura e simplesmente rebentaram com as séries. O Heroes, uma das mais cotadas séries do momento, começou num destes sábados, sem publicidade e pronto…estragou tudo; com o Nip Tuck deram uma semana seguida e depois sabe lá Deus quando é que eles dão a série. É incrível a estupidez reinante naquela televisão. Nota 2 (só porque dão o House, caso contrário era 0)

Não pode ser, não pode

Este jogador do Benfica chama-se: Everson. Veio para o clube para tentar fazer esquecer Tiago (ahahahahaha) durante a era Trapattoni. Jogou 22m...em toda a época. Depois foi emprestado para a Suíça, mas magoou-se e voltou. Desde então treina com o plantel, mas nunca joga e nunca jogará, apenas e só, porque não tem qualidade para tal. Hoje sabe-se que ganha 44 mil euros por mês. Perto de 9 mil contos por mês. Ganha mais que, por exemplo, o habitual titular Katsouranis. Incrível.

Caraças, que bom!!!

Sophie Calle, Os Cegos, 1986

A fotografia da pessoa, a definição pessoal de beleza, a fotografia da beleza escolhida. Simples. A ideia torna contornos grandiosos se pensarmos que as pessoas fotografadas são cegas. Assim, percebemos que é a vida interior, imaginária, mas pessoal que está a ser transformada em arte. As respostas estão carregadas de desejos, possibilidades nunca antes imaginadas, etc…. Muito simples, muito mais complexo que, quase, tudo.

Ps - No quadro, o que está escrito é: “the most beautiful thing I ever saw is the sea, the sea going out so far you lose sight of it…”

Porque…

1 – …me apetece; 2 – …este estaminé é meu; 3 – …até as 6h da manhã o meu infinito particular não me deixou dormir; 4 – …sofro da doença do vermelho e negro; 5 – …ouvi isto ontem; 6 - …gosto da rima “sou pequenina e também gigante"; 7 - …a Marisa tem Monte(s) de qualidade (ya, ya, ya…); 8 - …sim!

Marisa Monte, Infinito Particular, Infinito Particular

óooooo, a aranha.....

Teia da Carlota – Trabalhar com crianças tem destas coisas. Às vezes, há que fazer o “sacrifício” de ir ao cinema com elas e ver os filmes que elas vêem. Desta vez foi A Teia da Carlota, dobrado, claro!!! Tem animais, entre eles ratos e aranhas, também há a mensagem, mas, o essencial é o seguinte: o filme nem é mau de todo e, ao ver o R a chorar no fim, presumo que atinja bem o público alvo.

Os Anões

O início de Harold Pinter como escritor. Este livro surge primeiro nos anos 60, antes do escritor passar definitivamente a escrever apenas peças de teatro. Não o publicou na altura mas passados trinta anos resolveu faze-lo. Desta forma surgiu Os Anões, o único romance de Pinter, galardoado com o Nobel em 2005. O livro é a história de três amigos e de a companheira de um deles. Entre as personagens há uma relação destrutiva que, inevitavelmente, leva à destruição dos laços e … é ler. #20

Cabelos e tripa de porco

Helen Chadwick, Loop My Loop, 1991

Uma madeixa de cabelo louro está enrolada à volta de um intestino de porco! A beleza sensual da loura Vs a repulsa da víscera do porco. É a emoção e a beleza, contra a náusea e a animalidade humana. No limite é a imagem de uma sexualidade reprimida e conturbada. Sim, eu sei.....a formação académica tem um ligeiro peso na interpretação que aqui faço.

Muuuuita música...

Pavement, Terror Twilight, achei meio sensaborão, com outras bandas a fazerem coisas melhores dentro do mesmo estilo. Who Made Who, apesar de andar a ouvir mais sons dançáveis, esta banda com disco homónimo não me convenceu por aí além. Ainda ouvi o disco uma segunda vez, mas vai ser daqueles que vou encostar. Não me agradou por aí além. We Are Scientist, With Love and Squalor – um single muito bom e depois um resto de álbum que não os deixa mal. Nobody Move, Nobody get hurt é uma canção muito engraçada que me entrou no ouvido no Lisboa Soundz do ano passado. Entre She Wants Revenge, Dirty Pretty Things e Strokes o raio da música passava constantemente nos intervalos. E pronto, ficou…o resto do disco é que se ouve e segue-se em frente. Aqui fica o single…

We Are Scientist, With Love and Squalor, Nobody Move, Nobody Get Hurt

Olha, olha o Eddie Murphy a ser actor

Dreamgirls, um musical que tem o condão de, voltar, a mostrar Murphy como actor, depois de toda aquela porcaria que ele andou a fazer. A acompanhar Murphy está Jamie Foxx, Beyonce, Danny Glover, (a vencedora do Óscar para melhor actriz em papel de suporte) Jennifer Hudson, etc…. Não sendo grande fã de musicais, é obvio que achei o filme meio chatinho. É muita cantoria e pouco diálogo de qualidade assinalável. Percebe-se o inusitado número de nomeações a Óscar, mas no geral, digo que o filme, para mim, é meio chatinho e fraquinho.

Turner (#19)

Menino fino e rico, habituada a andar no mar. É um prodígio da pintura, começando bem cedo a desenhar. Mais tarde é inovador no conceito de não existir qualquer efeito de perspectiva que não seja o efeito da cor em si.

Turner, Incêndio da Casa dos Lordes e dos Comuns, 16 de Outubro de 1834, 1835

Na fundação Gulbenkian já esteve uma exposição, curta, com alguns quadros e muitos esquissos. Nos quadros, quase todos de grande tamanho, percebe-se na pintura que o pormenor é uma coloração alterada, é um manchar deliberado onde tanta cor usurpa completamente a noção de espaço, onde está o primeiro plano, o centro e o fundo….apenas a cor. Só a cor.

Turner, Navio Incendiado(?), 1826-1830

Turner, Navios no Mar, 1835-1840

No meu quadro preferido dele quanto mais se olha para ele, mais interpretações existem (em baixo areia, depois mar, e céu ; ou só um vale cheio de neblina visto de uma montanha…). A própria estrutura da cor muda consoante a interpretação, e esse aspecto de mudança dá ao quadro uma vida, totalmente inesperada, tendo em conta a, aparente, simplicidade.

Turner, Começo da Cor, 1819

Em resumo; é a cor que dá ao todo um ambiente geral, é a cor que é a protagonista, os objectos são apenas papéis secundários.

Turner, O Aguerrido Rebocado até ao seu ùltimo Pouso para ser Desmantelado, 1838

Turner, Pescadores no Mar, 1796

Hum, isto de ser adepto é tramado

Claro que não vamos ganhar a taça Uefa nem o Campeonato.....mas eu acredito que sim!!!!

A 270 minutos de.....

Carros

Desde quando é que filmes para crianças têm perto de duas horas e debulhadoras com olhos assassinos?! Claro que depois as crianças ficam com pesadelos e falam dos carros maus. Claro. O filme não é mau, de facto, até é bem giro, mas parece-me é que cada vez mais estas animações estão a ser para adultos e menos para as crianças. E isso, acho, é desvirtuar o espírito da coisa, não é?

Os bons, os maus, a rainha e o bando de cavalos.

The good the bad and the Queen, pela banda homónima, é suposto ser, segundo Nuno Galopim e outros críticos que tal, uma obra-prima. Pois…a mim não me maravilhou por aí além. Gosto da voz de Albarn mas as músicas são sensaboronas. Não percebi toda a agitação. Dos Band of Horses gostei muito do Cd. Têm em The Funeral o expoente máximo de um disco, Everything All the Time, que, no geral, é bom de ouvir.

Band of Horses, Everyhting All the Time, The Funeral

à, já sei, é para pressionar o árbitro do proximo jogo!!

O que é que levou esta pessoa a dizer as seguintes barbaridades?

Música (dois)

Conheci Kristen Hersch, Learn to Sing Like a Star, com um álbum de músicas muito diferentes entre si. É rock, seguido de Pop, para voltar ao Rock. Ouve-se. Dos Razorlight gostei muito dos dois primeiros singles e achei que o resto do disco passa bem o tempo. Estes Razorlight fizeram, neste álbum homónimo, duas belas canções que ficam logo no ouvido e facilmente se cantam. In the Morning é exemplo disso…

Razorlight, Razorlight, In the Morning

Muito mais leve.

Nada como Júlio Verne para poder ler sem stress e ter tempo para outros hobbies. Este Aventuras de três russos e três ingleses, não foge ao costume: o poder da amizade e muita coisa que no nosso tempo é inaceitável: queimar florestas virgens, caçar animais em risco de extinção, etc…. Mas são sempre aventuras complexas com muito ensino à mistura. Já está. #18

Tá bom tá!!!! Tá bom tá!!!

Hum....

No finalzinho, no finalzinho....acho que perdemos dois pontos.

Na primeira parte o Porto foi melhor, mas marcou o golo e apenas obrigou o Quim a mais uma defesa...o Helton defendeu de Miccoli, Karagounnis e Petit. Na segunda parte, tirando a última já aos 95m, foi muito Benfica. Uma segunda parte soberba, que tornou o Helton o homem do jogo, que devia ter dado em vitória...mas não deu. Agora é esperar.

Ps - Cansados. Muito cansados. É penoso ver o Katsouranis e o Simão. A jogar hoje, na próxima quinta, segunda e quinta da semana que vem... alguma coisa vai ceder. Só pode (espero que não).