domingo, março 18, 2007

A letra: A

Joan Brossa, Lavor, 1978

Só o A, desprovido do resto das letras que poderiam criar uma palavra. Neste caso, a palavra seria Labour. Ficou só o A. Ainda ligado às agulhas e, desta forma, sozinho, toma todo um significado diferente: será o inicio do abecedário, parte de uma palavra, só uma letra.....de repente, o simples facto de a letra estar ali transforma o familiar, uma letra, o A, numa coisa estranha, numa coisa que pode ser qualquer coisa: até uma obra de arte. É o atribuir ao convencional o estatuto de arte. É o recusar da finalidade habitual dos objectos (é o urinol de Duchamp…)