Morreremos separados. Quando muito
pousarei a face na tua mão
ao terminar do ano; se em minha mão o rasto
de uma outra migração contemplares.
Da alma bem pouco
sabemos. Beberá talvez das represas
de côncavas noites sem passos
pousará sob aéreas plantações
germinadas dos rasos….
Meu senhor, meu irmão! Mas de nós
na mesma estante de cristal
povos estudiosos escreverão
talvez, daqui a mil Invernos:
«nenhum laço de sangue unia estes mortos
na necrópole deserta»
pousarei a face na tua mão
ao terminar do ano; se em minha mão o rasto
de uma outra migração contemplares.
Da alma bem pouco
sabemos. Beberá talvez das represas
de côncavas noites sem passos
pousará sob aéreas plantações
germinadas dos rasos….
Meu senhor, meu irmão! Mas de nós
na mesma estante de cristal
povos estudiosos escreverão
talvez, daqui a mil Invernos:
«nenhum laço de sangue unia estes mortos
na necrópole deserta»
Cristina Campo – O Passo do Adeus #14