terça-feira, abril 10, 2007

Turner (#19)

Menino fino e rico, habituada a andar no mar. É um prodígio da pintura, começando bem cedo a desenhar. Mais tarde é inovador no conceito de não existir qualquer efeito de perspectiva que não seja o efeito da cor em si.

Turner, Incêndio da Casa dos Lordes e dos Comuns, 16 de Outubro de 1834, 1835


Na fundação Gulbenkian já esteve uma exposição, curta, com alguns quadros e muitos esquissos. Nos quadros, quase todos de grande tamanho, percebe-se na pintura que o pormenor é uma coloração alterada, é um manchar deliberado onde tanta cor usurpa completamente a noção de espaço, onde está o primeiro plano, o centro e o fundo….apenas a cor. Só a cor.

Turner, Navio Incendiado(?), 1826-1830

Turner, Navios no Mar, 1835-1840



No meu quadro preferido dele quanto mais se olha para ele, mais interpretações existem (em baixo areia, depois mar, e céu ; ou só um vale cheio de neblina visto de uma montanha…). A própria estrutura da cor muda consoante a interpretação, e esse aspecto de mudança dá ao quadro uma vida, totalmente inesperada, tendo em conta a, aparente, simplicidade.


Turner, Começo da Cor, 1819

Em resumo; é a cor que dá ao todo um ambiente geral, é a cor que é a protagonista, os objectos são apenas papéis secundários.

Turner, O Aguerrido Rebocado até ao seu ùltimo Pouso para ser Desmantelado, 1838

Turner, Pescadores no Mar, 1796