Na fundação Gulbenkian já esteve uma exposição, curta, com alguns quadros e muitos esquissos. Nos quadros, quase todos de grande tamanho, percebe-se na pintura que o pormenor é uma coloração alterada, é um manchar deliberado onde tanta cor usurpa completamente a noção de espaço, onde está o primeiro plano, o centro e o fundo….apenas a cor. Só a cor.
Turner, Navio Incendiado(?), 1826-1830
Turner, Navios no Mar, 1835-1840
No meu quadro preferido dele quanto mais se olha para ele, mais interpretações existem (em baixo areia, depois mar, e céu ; ou só um vale cheio de neblina visto de uma montanha…). A própria estrutura da cor muda consoante a interpretação, e esse aspecto de mudança dá ao quadro uma vida, totalmente inesperada, tendo em conta a, aparente, simplicidade.
Turner, Começo da Cor, 1819
Em resumo; é a cor que dá ao todo um ambiente geral, é a cor que é a protagonista, os objectos são apenas papéis secundários.
Turner, O Aguerrido