De volta (mas não por muito tempo)

Depois de voltar da magnífica Istambul, vou-me embora outra vez. Logo, este blog vai estar sem coisas novas durante algum tempo. Volto em Setembro.

Hasta

Hosça kalin

Görüsmek oldum (Pazar)

Austerlitz... há livros assim

Duas músicas, duas!!!

Duas músicas no mesmo post?! …calma, há uma explicação. Sou perfeitamente apaixonado por ambas. Assim que qualquer uma delas me entrou pelo ouvido dentro, ficou!!!! Mais…os telediscos são espectaculares (o dos Tindersticks é uma pequena maravilha).

Para mim esta é a melhor música da PJ Harvey (empatada com o This mess we’re in…mas esta última é com o Thom York ao barulho e já se sabe, se está lá o Yorke…). Simplesmente fenomenal. É simples, não tem um daqueles refrões orelhudos mas, eu adoro o raio da música. Ouvi-a pela primeira vez no segundo festival sudoeste, ela muito novinha ainda. Quando cheguei a Lisboa, depois de dormir imenso, claro, comprei o cd (sim, comprei, na altura comprava-se cd’s). Hoje, oito anos depois, ainda a oiço com a mesma vontade e, principalmente, com o mesmo gosto.

PJ Harvey, Is This Desire, A Perfect Day Elise.

Tindersticks…Dying Slowly. Outra paixão à primeira audição. Ouvi, e vi, há uns anos atrás na MTV. Estupidamente perdi o nome da música no final. Passei anos a tentar achá-la mas não encontrava o Cd, em que ela estava, por nada deste mundo. Mas a música ficou-me na cabeça. De vez em quando lá cantarolava “dying slowly, it seems better than shooting myself” (fdx...que refrão do catano). Agora achei-a e já tenho o cd. Tenho pena que não esteja no Donkeys que, para mim, é o melhor disco deles, mas pronto.. Com vocês, a voz e melodia, e porque não dizê-lo…a alegria, incomparável dos Tindersticks….

Tindersticks, Can Our Love…, Dying Slowly

Livros…

O Fantasma de Anil, de Michael Ondaatje. Livro sobre o regresso, o amor e a traição em tempo de guerra. Quer dizer…mais ou menos guerra. Anil regressa, como antropóloga forense, a um país natal destroçado por guerra civil e facções que matam, como vemos, de forma indiscriminada, imperturbada e intocável a população. Escrito em constantes flashbacks, onde segredos nos são contados como se nada fossem (até mais tarde serem realmente um grande…”àaaa….foi isto que quis dizer há bocado”), com metáforas perfeitamente loucas este, grande, livro passeia entre a meditação e dúvidas pessoais e a descrição de um país enlouquecido onde a personagem se tenta encontrar. Não vou dizer mais nada a não ser que gostei muito, não consegui parar de ler. Não é dos livros mais fáceis de encontrar, mas com esforço acham-no. À é verdade…a capa, da edição Dom Quixote, é espectacular.

Dúvida….

Ultimamente tenho ido muito à praia. O que é uma novidade. E oiço muito algo que me levanta sempre uma grande dúvida. Quando os pais e avós dizem/gritam: “Pedro tira as sandálias da areia senão levas” ou “Maria tira os pés da areia que me sujas o carro”…..

pergunto-me: exactamente onde é que querem que os miúdos metam os pés?

É só para avisar...

que este ano vai ser um ano de emoções fortes por estas bandas...

e não me parece que sejam todas boas.....

The Eraser

Podia muito bem ser o álbum dos Radiohead que se seguia ao Amnesiac. Tem a mesma sonoridade do Pulk/Pull revolving doors e no fundo acabaria por ser uma continuidade e não o que é agora, um álbum a solo do vocalista da melhor banda na terra. Não é mau. Mas não é, totalmente, Radiohead. Alem disso a maior parte das músicas dão completamente cabo das colunas do carro das velas. Gostei, no geral, posso dizer que gostei (até porque é Thom Yorke e só isso faz que eu goste)…mas não é isto:

Radiohead, The Bends, Street Spirit (acústico)

Porra….PURO BRILHANTISMO…PURO GÉNIO!!!!!!!!!!! (e a voz é igual à que se ouve no disco, não há cá fajutices…).

MAGISTRAL!!!!

Ps - Aqui podem ver o teledisco, espectacular, da melhor música do CD do Thom

MNAA (RAU)

É o acontecimento do ano em termos de cultura em Portugal. Uma das mais importantes colecções de pintura que viaja pela Europa. Vai, como diz a brochura, de Fra Angélico, com dois pequenos painéis, a Luini, discípulo de da Vinci, a cinco Pissaros, Monet’s, Manet’s, Cézanne, Renoir, Degas, Sisley, Morandi e termina com Bonnard.

Pareceu-me, a mim, que percebo muito disto, claro!!!!, uma colecção muito boa que, na sua dimensão, se torna fácil de ver. Não é demasiado grande nem demasiado pequena.

De referir ainda que em cima omiti, de propósito, a presença de um quadro de El Greco. É um quadro magnífico. Só por ele vale o ingresso. É este e é impressionante na sua veracidade e pujança. É muito bom. Genial.

El Greco, São Domingos em Oração, 1600-1610

Cinema vezes dois...

Profissão: repórter. Filme com 31 anos de Antonioni. Filme de longos, longos silêncios e planos, que tem o condão de não se tornar aborrecido. Mais do que a história em si, que por vezes parece estar estagnada, é a forma como o filme está filmado, e nos mostra o deserto, Munique e o sul de Espanha, que é a grande mais valia deste filme. E confesso que ver o Port Olimpic de Barcelona há 35 anos foi muito giro.

Noutro registo, muito mais recente e blockbusteriano, os Piratas das Caraíbas II é um one man show. Este homem domina o filme e enquanto houver o capitão Jack Sparrow pode haver Piratas das Caraíbas que nós vamos ver. A personagem Davy Jones é muito boa….mas realmente, é um ONE MAN SHOW.

Aisha…(I’m a murderer)

Pelos Death in Vegas. Gosto da música, daquela guitarra no momento exacto, e ainda gosto mais do vídeo. É meio paranóico, acabamos por entrar nele e esperar que a menina se safe. Gosto muito. E é alternativo…

Death in Vegas, The Contino Sessions, Aisha

Por mim tudo bem…

Ontem fui à praia (aleluia…dizem os meus pais) e às páginas tantas oiço: “olha a bola de Berlim (um clássico)…olha a cervejinha gelada!!!!”

E eu penso com os meus botões: então não é permitido um tipo sóbrio tomar banho, se lhe apetecer, de bandeira vermelha porque é multado (esta lei realmente irrita-me)…mas já não faz mal um tipo embriagado ou sob o efeito de algumas jolas tomar banho de bandeira verde (ou amarela)?!?!?!?

Ok….realmente, por mim tudo bem!!!!

Corações enganados...

Isto é uma música GENIAL!!!!! E o teledisco não lhe fica atrás. Sobre o teledisco só uma explicação: a banda pediu, no site, aos fãs para fazerem telediscos caseiros e lhes enviarem. Depois pegaram naquilo que receberam e fizeram isto, daí os locais e as diversas pessoas.........Bom, muito bom.

Só há um lamento a registar: porquê que eles vão a Paredes de Coura e não ao Coliseu? (quem diz eles, também diz Morrissey, Bloc Party, Daft Punk). Estou farto de ver os grandes nomes alternativos virem aos festivais e não a espaços onde possam tocar para o público que, realmente, os quer ver.

Mas pronto… aqui está Cheated Hearts, Yeah Yeah Yeahs

Yeah Yeah Yeahs, Show Your Bones, Cheated Hearts

Sabes que acertas….

e sabes que a música é mesmo boa quando estás no carro com a tua mãe e ESTA música passa na Radar e…a tua mãe põe-se a abanar a cabeça.

Não erraste, a tua percepção está correcta: a música só pode ser boa.

Bola…

Só há uma coisa pior que ver um jogo particular de futebol: ver um jogo particular depois de levar uma carga física onde se movimenta grupos musculares que, até hoje, só conhecia na teoria

Ok…claro que me podem dizer – dizes isso porque o glorioso está a perder tudo. E eu respondo – sim têm razão, mas … sinceramente e honestamente NÃO HÁ PACHORRA PARA VER JOGOS PARTICULARES. É o Benfica com o mija na escada (e mesmo assim perde), o Sporting contra a ganadaria ao lado da Academia e o Porto contra o Hércules (Hércules?!?!?!?!).

É pá….não me lixem.